Delminda Silveira de Sousa (Desterro, 16/10/1854 - 12/03/1932), professora e escritora de destaque na história da literatura de Santa
Catarina, foi de tradicional família do Desterro: filha de José Silveira de Sousa e de Caetana Xavier Pacheco Silveira, era sobrinha do jurista e político de renome nacional, Conselheiro João Silveira de Sousa.
Delminda estudou francês, latim, português e, aperfeiçoando-se nessas línguas, tornou-se professora de português e francês no Colégio Coração de Jesus, escola tradicional católica, freqüentada pelas filhas das famílias mais burguesas da cidade. Delminda Silveira permaneceu solteira e lecionou até idade avançada.
Delminda escreveu poesias e crônicas. Foi assídua colaboradora de A Mensageira, revista dirigida por Presciliana Duarte de Almeida, onde publicou muitos poemas - sob o pseudônimo Brasília Silva - e textos em prosa, desde o sexto número, datado de 1887.
Foi profundamente religiosa e essa religiosidade transparece em todos os seus poemas. O fato de ter colaborado intensamente com uma revista feminista mostra que, apesar de sua ideologia conservadora, ela não escapou ao espírito do tempo e também refletiu sobre uma das questões mais candentes do século que se iniciava: a mulher e seus direitos.
O primeiro livro de Delminda, Lises e martírios (1908), reúne poemas, crônicas e pequenos contos publicados na imprensa antes da virada do século. É um livro voltado aos sentimentos de amor, saudade e dores íntimas e foi a publicação mais importante de Delminda, compondo-se de 352 páginas e apresentando duas divisões: "Poesia" e "Prosa". Dentro da parte "Poesia" encontram-se ainda subdivisões como ‘Poesias sacras’, ‘Lutuosas’ e ‘Chrisântemos’. A segunda parte, "Prosa", apresenta duas secções ‘Folhas soltas’ com 21 crônicas e ‘Contos de um instante’. Algumas das crônicas de ‘Folhas soltas’ tendem ao poema em prosa. Os contos são todos de amor, amor e morte, e a maior parte deles se passa em lugares e épocas distantes, com um leve tom exótico.
O segundo livro é Cancioneiro (1914), uma "coleção de hinos e poesias comemorativas das principais datas nacionais; fábulas, diálogos e poesias diversas para recitar; poesias dedicadas aos mais notáveis catarinenses extintos". O terceiro livro é todo voltado para o religioso, uma via-sacra em versos. Indeléveis versos, que circula desde 1989, em edição póstuma, foi patrocinado pela Editora da UFSC e teve sua introdução assinada por Lauro Junkes.
Delminda foi convidada para entrar na Academia Catarinense de Letras aos 77 anos de idade, já com muitas publicações, ocupando o segundo lugar da primeira cadeira feminina da Academia.
Catarina, foi de tradicional família do Desterro: filha de José Silveira de Sousa e de Caetana Xavier Pacheco Silveira, era sobrinha do jurista e político de renome nacional, Conselheiro João Silveira de Sousa.
Delminda estudou francês, latim, português e, aperfeiçoando-se nessas línguas, tornou-se professora de português e francês no Colégio Coração de Jesus, escola tradicional católica, freqüentada pelas filhas das famílias mais burguesas da cidade. Delminda Silveira permaneceu solteira e lecionou até idade avançada.
Delminda escreveu poesias e crônicas. Foi assídua colaboradora de A Mensageira, revista dirigida por Presciliana Duarte de Almeida, onde publicou muitos poemas - sob o pseudônimo Brasília Silva - e textos em prosa, desde o sexto número, datado de 1887.
Foi profundamente religiosa e essa religiosidade transparece em todos os seus poemas. O fato de ter colaborado intensamente com uma revista feminista mostra que, apesar de sua ideologia conservadora, ela não escapou ao espírito do tempo e também refletiu sobre uma das questões mais candentes do século que se iniciava: a mulher e seus direitos.
O primeiro livro de Delminda, Lises e martírios (1908), reúne poemas, crônicas e pequenos contos publicados na imprensa antes da virada do século. É um livro voltado aos sentimentos de amor, saudade e dores íntimas e foi a publicação mais importante de Delminda, compondo-se de 352 páginas e apresentando duas divisões: "Poesia" e "Prosa". Dentro da parte "Poesia" encontram-se ainda subdivisões como ‘Poesias sacras’, ‘Lutuosas’ e ‘Chrisântemos’. A segunda parte, "Prosa", apresenta duas secções ‘Folhas soltas’ com 21 crônicas e ‘Contos de um instante’. Algumas das crônicas de ‘Folhas soltas’ tendem ao poema em prosa. Os contos são todos de amor, amor e morte, e a maior parte deles se passa em lugares e épocas distantes, com um leve tom exótico.
O segundo livro é Cancioneiro (1914), uma "coleção de hinos e poesias comemorativas das principais datas nacionais; fábulas, diálogos e poesias diversas para recitar; poesias dedicadas aos mais notáveis catarinenses extintos". O terceiro livro é todo voltado para o religioso, uma via-sacra em versos. Indeléveis versos, que circula desde 1989, em edição póstuma, foi patrocinado pela Editora da UFSC e teve sua introdução assinada por Lauro Junkes.
Delminda foi convidada para entrar na Academia Catarinense de Letras aos 77 anos de idade, já com muitas publicações, ocupando o segundo lugar da primeira cadeira feminina da Academia.
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